Estética ocular e cirurgia de pálpebras

Publicado em: 21/09/2015
Autor: CEOP
Assunto: Dicas de Saúde
Tempo de leitura: 3 minutos

Quem não gosta de ficar bonito, se sentir mais jovem e evitar que as ações do tempo atrapalhem a auto estima? Pois é, esse é um assunto bastante comentado nos dias atuais e também um dos mais requisitados nas clínicas estéticas e centros de beleza. Na área da oftalmologia, não deixa de ser também um dos pontos de maior procura para quem está preocupado em mostrar uma aparência mais jovial e de quebra, realçar a beleza. É por isso que convidamos a Dra. Érika Melo, especialista em cirurgia plástica e vias lacrimais, que faz parte do corpo clínico do CEOP, para uma entrevista ping pong (perguntas e respostas), que aborda essa temática tão comentada nos dias de hoje.

Assessoria CEOP – A questão estética é um assunto bastante repercutido nos dias atuais, quais são os tipos de procedimentos mais procurados pelos pacientes que procuram um centro oftalmológico?

Os procedimentos mais procurados nesse caso são para correção de alterações estéticas e funcionais das pálpebras. A pele palpebral é a mais fina do corpo, e com seu constante movimento, é uma das primeiras regiões a evidenciar os sinais de envelhecimento. Dentre as alterações palpebrais, a principal causa de queixa é o dermatocálase, que se trata de um excesso de pele e protrusão das bolsas de gordura. Além de configurar aspecto inestético de cansaço e tristeza, pode vir acompanhada de queixas de sensação de peso na região ocular, cefaléia (dor de cabeça) por contração do músculo frontal ( localizado na testa) na tentativa de abrir o olhar. Também há procura frequente nos casos de mau posicionamento palpebral.No caso da pálpebra superior, pode haver ptose, que cursa com queda da pálpebra, atrapalhando o campo de visão. Já na pálpebra inferior, pode haver a eversão da mesma ( vira para fora), chamada de ectrópio, cuja queixa é de lacrimejamento e irritação ocular. Por outro lado, pode ocorrer a inversão da pálpebra inferior (vira para dentro), causando sensação de areia nos olhos e irritação ocular.

Assessoria CEOP – Umas das mais procuradas é a cirurgia de pálpebras. Qual é o principal objetivo desse tipo de procedimento?

Em se tratando do aspecto estético, ou seja, no tratamento do dermatocálase, temos a cirurgia chamada de blefaroplastia. Esta cirurgia objetiva atenuar o aspecto de cansaço e tristeza que o dermatocálase produz, dando ao paciente um olhar mais descansado, bem como auxilia no rejuvenescimento facial. Além disso, muitas vezes o dermatocálase pode se tornar sintomático, o que também será aliviado pela correção cirúrgica do mesmo. Os sintomas que podem ocorrer no caso da pálpebra superior são: sensação de peso na região, dor de cabeça, percepção visual dos cílios e redução do campo visual.

Assessoria CEOP – Quais as recomendações básicas para o pós operatório de quem passa por uma cirurgia como essa?

As recomendações são:

1.evitar atividade física ou carregar peso nos primeiros 15 dias;

2.evitar sol por 6 meses;

3.evitar coçar os olhos ou traumatizar a região;

4.realizar abundantemente compressa de água fria nos primeiros 7 dias.??O objetivo dessas recomendações é diminuir mais rápido o edema (inchaço) e ajudar na cicatrização para que o resultado operatório fique com aspecto estético desejado.

Assessoria CEOP – Após a cirurgia, é necessário fazer um acompanhamento com o oftalmologista?

Sim, é muito importante, pois deve-se lembrar que as pálpebras são estruturas que conferem proteção ao globo ocular, contribuem com a produção da lágrima, participam da distribuição da lágima na superfície ocular e do mecanismo chamado de bomba lacrimal, que auxilia na drenagem da lágrima. As possíveis repercussões, portanto, são referentes à lubrificação ocular e instabilidade do filme lacrimal, que poderá interferir inclusive na função visual, já que uma das funções da lágrima é contribuir com a nitidez da visão ao regularizar a superfície corneana.

Assessoria CEOP – Quais as contra indicações?

Por se tratar de uma cirurgia relativamente simples, a blefaroplastia não apresenta muitas contra-indicações. No entanto, seria prudente evitar a realização do procedimento em pacientes com: orbitopatia de Graves (alteração da glândula tireóide); discrasias sanguíneas e uso de anticoagulantes que cursariam com alteração do processo de coagulação sanguínea; e lagoftalmo, que configura a oclusão incompleta do olho e , nesse caso, o peso do excesso de pele atua como auxiliar para o fechamento palpebral.

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